terça-feira, 30 de novembro de 2010

Consegui estragar todos os meus relacionamentos simplesmente porque gostei demais das pessoas. Dessa vez quero acertar, por isso combinei comigo que, apesar de estar morrendo por você, não gosto de você.
(http://dreamscanbe.blogspot.com/)

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Refúgio.

O que as pessoas não sabiam sobre mim durante esse tempo todo é que nem sempre fui as atitudes que tive, nem sempre estive ao lado de minhas decisões e nem sempre as minhas palavras foram o que eu realmente queria ter dito. Agora eu precisava mais do que manter o controle sobre mim, eu precisava correr atrás de meu tempo perdido, só queria conseguir não me sentir culpada toda vez que leio essas entrelinhas abaixo. Sempre escrevo em  verbos do pretérito imperfeito indicativo, talvez isso se deva a minha forma de pensar que as vezes pode ser incansavelmente masoquista.
Basicamente sempre fora assim, mas não seria mais..
Era fim de tarde, meus afazeres da escola já estavam prontos, enquanto guardava meus cadernos em minha mochila marrom surrada, tive uma breve idéia e em um impulso vesti minha causa de moletom cinza, particularmente minha favorita, juntei em minhas mãos o fone de ouvidos e uma maçã, com passos leves mas apressados cheguei à clareira em que brincava quando era criança, meus olhos percorreram cada espaço de lá, a relva úmida ainda tinha o mesmo cheiro, e era incrível como tudo estava intocável, o tronco em que nos equilbrávamos ainda permanecia no mesmo lugar, vagarosamente me aproximei e sentei, era como se o tempo tivesse se esquecido de passar por ali, perdida em meus pensamentos abocanhei um pedaço de maçã e selecionei minha música favorita; já era final de tarde e eu podia ver o sol se pondo por entre as copas das árvores, tudo estava bem agora, e eu consegui entender que as coisas boas estavam dentro de mim. Eu só precisava reencontrá-las e ter um pouco mais de paciência, afinal o tique taquear do relógio significa muito mais do que horas passando, o tempo resolve tudo sempre, e não é só mais uma metáfora clichê.

sábado, 20 de novembro de 2010

desistir: ato de abrir mão de algo, não querer mais.

Quando se toma uma cartela inteira de comprimidos e se vai deitar, desejando nunca mais acordar, é preciso coragem para desistir, abrir mão de tudo. Quando você acorda no meio da noite com o travesseiro encharcado de sangue e suas narinas e sua boca ainda sangrando.. bom muita coisa se passa pela sua cabeça, e nessa hora o medo é a sua unica companhia, senti muito mais do que um insuportável gosto de sangue em minha boca, senti que já não era mais a mesma. Muito tempo se passou desde aquela noite, mas sempre lembro a mim o quanto forte posso ser, então.. acredite quando digo que posso aguentar sozinha.

Minha cafeína nostalgica é sempre a minha melhor droga.

Bom, mas agora não importa mais. Você tem andado ocupado de mais para perceber, se diz sempre tão forte, vangloria carater e bons costumes, mas não consegue nem mesmo transformar suas palavras em atitudes, eu estou bem e o melhor que devo fazer agora é um café, bem forte.
O resto ficou subtendido, ou pelo menos deveria ter ficado, as vezes quando digo que estou bem, eu queria que alguém olhesse nos meus olhos, me abraçasse apertado e me dissesse: Eu sei que você não está.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Meu sol, para sempre.

(...) Era como um sol, um sol particular, dotado de peculiaridades, sabia se fazer presente constantemente; mas caso seu calor fosse desnecessário, disposto e magnifico, dava de presente a ela o mais lindo pôr-do-sol. Mas a verdade era que ela sabia, que não importava se poderia vê-lo ou não, mesmo que de traz das colinas ele sempre estaria lá, disporto a aquece-la, a brilhar para ela e por ela se preciso fosse, ou simpleste fazer-lhe compania, e nada poderia ser mais importante do que isso para ela.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Minha dose semanal de morfina.

O tempo era curto como de costume, desajeitados nós procuramos minhas coisas que estavam espalhadas pelo quarto e colocamos tudo em minha bolsa verde-musgo, fechei o ziper rápidamente, o barulho causado por esse movimento provocou-me um leve arrepio em toda espinha, o aperto em meu peito era o dê sempre, nessa hora a angústia costumava cegar-me. Estava tudo pronto para minha partida, mas sorrateiramente virei-me para tráz, meus olhos agora quase marejados percorreram o quarto, era aquela imagem que eu queria eternizar em minha mente, aquela bagunça toda, roupas espalhadas pelo chão, colheres sujas de sorvete, cobertores emaranhadas ao pé da cama, copos com vestigios de refrigerante. Aquilo era para mim a melhor parte da semana. Derrepente sua voz aveludada e macia surpreendeu-me: -Você esqueceu alguma coisa? -Não! Respondi rápidamente. A verdade era que eu não esquecia nada, mas deixava ali um pedaço de mim e grande parte de minha alegria. Percebendo minha expressão dolorosa, seus braços envolveram-me em um abraço, e seus lábios encostaram em minha testa e sussuraram baixinho:
-Sempre estarei contigo, e você sabe disso. Aquilo tudo para mim era como uma morfina, letal, mas que me acalmava.